sexta-feira, 8 de junho de 2012

Para Refletir!


Imagine que depois que você morre, você vai parar em um estúdio de cinema.
Esse estúdio é só um lugar onde você vai ficar por uma semana, antes de partir para a eternidade.
E nessa semana, você tem que olhar pra sua vida inteira, pensar em todos os momentos que viveu enquanto estava vivo, e escolher apenas uma lembrança, para que possa ser gravada em uma fita como um filme curta metragem, apenas uma.
Depois que ver essa lembrança, irá para um lugar onde pode ter certeza, que viverá somente com ela.
Só poderá se lembrar de como se sentiu naquela época, e esquecerá todo o resto.
Qual lembrança escolher?
Qual momento levará consigo para a eternidade?
De que pessoa se lembrará quando morrer?

Escolher apenas uma lembrança nos leva a olhar para a nossa vida de uma outra maneira.
Com que preocupações você viveu toda a sua vida?
Apenas para odiar alumas pessoas?
Apenas para amar outras pessoas?
Quis viver por seus sonhos?
Quis viver por outras pessoas?
Cuidou bem da sua vida?
Arriscou, sorriu, abraçou, cantou, dançou, chorou, sofreu...?
Passou os momentos mais felizes de sua vida com as pessoas que mais amava? E os momentos tristes também?
Esteve com seus amigos nos momentos mais felizes da vida deles? E nos momentos mais tristes?
Chorou com uma despedida, ansiando sempre o reencontro?
Fez parte da felicidade de outra pessoa?

Arrisque sempre em sua vida, nunca tenha medo de arriscar, não fique se lamentando quando estiver quase morrendo, por ter deixado de arriscar em alguns momentos.
O arriscar não é o sentido da vida, mas traz sentido à vida.
Por que ter medo de arriscar, arrisque-se por um beijo, arrisque-se por um abraço, arrisque-se por um sorriso, pule, grite, cante, chore...
Não morra sem antes fazer parte da felicidade de outra pessoa.
Faça seus amigos felizes, eles são o que temos de mais importante em nossas vidas.
Passe os seus momentos mais felizes na companhia das pessoas que ama, e os momentos mais tristes também, por que quem te ama, não só sorri com você, mas também chora e sofre com você.
Seja feliz, a vida é tão fácil, somos nós quem a complicamos com nossos medos e nossos anseios.
Tudo na vida passa, somente os momentos que vivemos com mais intensidade e com amor é que permanecem pra sempre plantados na terra árida da nossa memória, e estão sempre dando novos frutos.
Nada na vida é por acaso, tudo tem um propósito, mesmo que o propósito seja acontecer por acaso, e não é por acaso que na nossa vida, conhecemos pessoas maravilhosas, vivemos momentos extraordinários, e amamos pessoas incríveis.
Seja Feliz!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tons de cinza vezes as gotas de chuva

Os pingos da chuva. É triste observar uma gota morrer no chão. Antes ela encerrar sua existência em meu rosto, pois assim continuaria viva... Sua vida estaria presente em uma sensação. Uma sensação de liberdade. É como se ela, a chuva, descesse gritando que é livre. Mas ela não é. Assim como as estrelas, ou como os tons de cinza, ela simplesmente segue rumos predestinados pelo Senhor da Física. Não podem escolher, não podem sentir ou pensar sobre as suas próprias condições. A elas (as estrelas, os pingos da chuva e até mesmo os tons de cinza) não foi permitido nada disto.
Mas o que somos nós perante tudo isso?
O que somos embaixo das estrelas? Embaixo dos tons de cinza no céu? Embaixo da chuva?
Simplesmente estamos “embaixo” de tudo isso. Mas a nós, foi dada uma coisa que eles não possuem: A capacidade de escolher. Escolher tudo que queremos e desejamos. E as capacidades de escolhas são muitas. Podemos resumi-la em uma equação matemática simples: Os tons de cinza de hoje vezes as gotas de chuva de ontem.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Interior

Juntaram todos os seus sonhos e os colocaram em uma bolsa de viagem. E as bolsas vieram segurando firmemente com as mãos, pois seus sonhos pesavam.
Quando encostam suas bolsas no chão, ao lado de seus pés, as marcas das alças ainda permanecem em suas mãos, vermelhas. Mas isso parece nem os incomodar.
Os olhos, negros, buscam um lugar para repousar, ou apenas admirar. Esses mesmos olhos trazem memórias de vidas nada fáceis.
Penso que depois de um tempo, trabalhando ou ainda caminhando, procurando um lugar para poder simplesmente viver sossegado, tranquilo, ter uma vida pacata igual tinha no interior, aqueles mesmos olhos estarão secos como uma pedra, e suas mãos, as mesmas que seguravam e levavam seus sonhos, quebradas.

Observando...

Inclinam as cabeças para os próprios pés, e movem suas mãos para trabalhar. As mesmas mãos que fazem carinho nos filhos.
Eles olham para os próprios pés, e suas bocas estremecem. Só lhes restam recordações.
Recordações de um mundo sem sol nem chão.
Saudade...

Nuvens

Mas não eram nuvens, era apenas chuva. Chuva com fome de existência. Existência presente no breve espaço de tempo de uma gota indo de encontro ao chão. Fome de existência. Talvez fome de consistência, para poder continuar... Viva. Saber que morreu e continuar viva para esterilizar os passos... Os passos dos transeuntes, ou até mesmo os passos do vento, que procura entre cada intervalo de uma gota caindo, um motivo para existir entre a chuva que vem de nuvens, que talvez nem sejam nuvens.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Hiperfluidez

São tantas coisas pra ler
tantas palavras pra descobrir
tantos personagens para nascer
tantos lugares para explorar
tantas vidas para criar
e para acabar...
Mas são tantos e tantas...

E assim vamos nós
somos nós,
queremos nós,
desejamos nós,
damos nós,
amarramos, prendemos, penduramos, enforcamos...
matamos.

A língua,
a poesia,
a frase,
a palavra,
o ponto ponto damos pontos
queremos tudo pronto...

Mas ainda assim entramos em trens, cheios de Se's
e E's...
Se pudesse, se fosse, se quisesse
E pudesse, e fosse, e quisesse
querer poder quero eu querer
eu, seu, teu...
eu meu meu eu seu eu...
eu!